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Como se deu a saída de Edu Dracena do comando do futebol do Santos?

Edu Dracena deixou o cargo de executivo de futebol do Santos em julho de 2022, logo após a eliminação do alvinegro praiano para o Deportivo Táchira nas oitavas de final da Copa Sulamericana. O dirigente e ex-jogador do Peixe disse que seu ciclo no clube havia sido concluído, e por isso, pediu demissão à diretoria.

Dracena foi contratado pelo Peixe em 2021, durante a disputa do Campeonato Brasileiro. Como dirigente do clube, ele teve um papel fundamental no dia a dia da equipe, ajudando o alvinegro praiano a não ser rebaixado para a Série B do Brasileirão.

Foi especulado que as ideias do ex-zagueiro dentro do clube não era compatíveis com as da diretoria. Enquanto Edu dizia haver a necessidade de realizar investimentos no setor de futebol (leia-se contratações), os outros dirigentes discordavam desta visão.

Confira a nota que Edu Dracena publicou após sua saída do clube:

“Encerro hoje minha passagem como executivo de Futebol do Santos FC. Eu já vinha avaliando a minha saída há algum tempo e ontem, após o jogo, procurei o presidente Rueda e entreguei o cargo.

Assumi o time na zona de rebaixamento do Brasileiro 2021. Em 11 rodadas e com uma fantástica recuperação do elenco, alcançamos o décimo lugar e afastamos o risco de queda. Este ano, depois de um péssimo Campeonato Paulista, estamos na metade da tabela do Campeonato Brasileiro, chegamos às oitavas da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana. E falhamos. Tenho consciência de que a torcida do Santos merece mais.

Entre acertos e erros, deixo como legado uma mudança de chave: não permitir que o Santos perca seus maiores talentos formados na base. Nos últimos anos, o Clube perdeu atletas jovens por falta de planejamento. Meu ponto de honra foi dar um basta a esta situação. Renovamos os contratos das revelações mais importantes do Santos. Além do retorno esportivo que jovens como Marcos Leonardo, Ângelo, Kaiky e Lucas Pires já dão ao Santos – e darão muito mais! -, seus contratos longos vão garantir valores importantes no futuro, o que possibilitará a reestruturação financeira que o Santos tanto precisa. Graças a estas futuras vendas, meus sucessores terão uma estrutura ainda melhor para trabalhar e um orçamento infinitamente maior para a montagem do elenco do que eu tive.

As contratações que fizemos foram feitas sempre dentro de um limite muito claro. Investimos perto de US$ 1 milhão para trazer todos os reforços este ano, valor inferior ao investido por quase todos os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro. Com as saídas e entradas, a folha salarial, hoje, permanece no mesmo patamar de 2021.

Alguns dos reforços já são realidade para o torcedor. Outros são apostas. Há atletas que chegam e jogam todo seu potencial desde a estreia; outros precisam de mais tempo para amadurecer. Mas, ao final do ano, as contratações que forem consideradas equivocadas não vão ‘quebrar’ o Clube e inviabilizar o futuro do Santos, como o torcedor presenciou em tempos bem recentes.

Quero agradecer ao presidente Andres Rueda pela confiança e pelo convite; a todos os atletas, às comissões técnicas e a cada funcionário do CT Rei Pelé e da Vila Belmiro por acreditar em mim. Continuem honrando este escudo, que representa uma das maiores marcas do futebol mundial.

Desejo sucesso ao Santos e deixo toda minha gratidão e respeito a todos os santistas.”

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