San-São é, no futebol paulista, o confronto entre Santos Futebol Clube e São Paulo Futebol Clube. Este apelido foi dado pelo jornalista Tomás Mazzoni, do jornal A Gazeta Esportiva, em 1956. O clássico ganhou fama de costumeiramente ter como vencedor o time que vive pior momento. No entanto, quando se enfrentaram em disputa de títulos, o time com as melhores condições sempre venceu.
Na história do clássico, Santos e São Paulo já decidiram finais do Campeonato Paulista, além de terem se enfrentado em fases eliminatórias de importantes competições nacionais e internacionais, como o Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil e a Supercopa Libertadores.
O primeiro San-São da história ocorreu no Paulistão de 1930, quando, no dia 11 de maio, na Vila Belmiro, o alvinegro e o tricolor empataram por 2 a 2. Os gols são-paulinos foram marcados por Luizinho e Friedenreich. Em 1933 o San-São marcou a história do futebol brasileiro. Foi a primeira partida de futebol profissional do Brasil em que um jogador (Friedenreich) foi pago oficialmente pelo São Paulo da Floresta para jogar uma partida. Antes disso, os jogadores recebiam apenas “por fora”.
O jogo em questão foi um amistoso ocorrido em 12 de março de 1933, que aconteceu na Vila Belmiro e terminou 5 a 1 para o time da capital. Também foi nesse clássico que os são-paulinos chamaram pejorativamente os santistas de “peixeiros”, o que mais tarde virou o santista de apelido de “Peixe”.
O San-São de 2 de setembro de 1962 entrou para a história do futebol mundial. Não pelo empate em 3 a 3 na Vila Belmiro, mas sim porque, ao marcar o seu segundo gol naquela partida, Pelé marcou seu gol nº 500 com apenas 21 anos. O maior período de invencibilidade do São Paulo durou 47 duelos, entre 10 de novembro de 1974 e 7 de agosto de 1975. A série foi encerrada diante do Santos, em pleno Morumbi, com o placar de 2 a 1.
São Paulo e Santos se encontram nas oitavas de final do Brasileiro de 1981. No jogo com mando do Peixe, marcado para 8 de abril no Pacaembu, o São Paulo venceu por 2 a 0. No jogo de volta, no Morumbi, em 12 de abril, nova vitória tricolor, agora por 2 a 1, eliminou o Santos. O São Paulo terminaria o campeonato como vice-campeão.
Um dos episódios mais marcantes aconteceu durante o Campeonato Brasileiro de 2002. O São Paulo, líder do torneio, recebeu no Morumbi um Santos em ascensão, formado por jovens jogadores que estrearam entre os titulares ao longo do torneio, como Diego, Renato e Robinho.
Num dos melhores jogos do torneio, o time paulistano abriu 1 a 0, mas sofreu a virada para 2 a 1. Na comemoração do segundo gol, Diego, do Santos, fez festa em cima do escudo do São Paulo que fica ao lado do meio-de-campo no Morumbi, provocando os adversários. Então, no final do jogo, o tricolor virou para 3 a 2, com direito a Ricardinho também comemorando sobre o escudo tricolor, agora sob aplausos da torcida.
Até hoje, as duas equipes já se enfrentaram 319 vezes, com 137 vitórias do São Paulo contra 107 do Santos, além de 75 empates. O Tricolor já balançou as redes 527 vezes e sofreu 454 gols.
