Nos próximos dias, a CBF deve dar o aval para uma reunião analítica do aumento de cinco para sete, na questão do número de estrangeiros relacionados por partida, após pedido formal feito pelo São Paulo, que vem sofrendo com o limite de jogadores não nascidos no Brasil neste início de Campeonato Paulista.
O estudo da entidade irá pegar os dois lados da moeda (positivos e negativos), além de fazer um estudo específico do futebol equatoriano. No final da última temporada, os presidentes dos clubes da primeira divisão equatoriana se juntaram e fizeram uma votação para o aumento de seis para oito estrangeiros nas partidas. Foram 19 votos a favor, cinco contra e duas abstenções.
A liga do país é a que mais permite jogadores de fora em todo o futebol sul-americano. Na Argentina, os times podem ter até seis atletas estrangeiros no elenco, mas só possuem o direito de relacionar cinco. Nos Estados Unidos, na Major League Soccer, não há limite, enquanto no México, o máximo é de até nove atletas.
O São Paulo que teve a iniciativa neste ano, com seus oito estrangeiros no elenco, seguido de Athletico (7), Corinthians (6), Grêmio (6) e Flamengo (4). O Santos também acompanha as equipes, uma vez que em 2022, teve o mesmo pedido negado pela gestão anterior da CBF.
Possível contraponto e aprovação de metade da Série A
Agora, a diretoria de Registro e Transferência irá discutir os lados da medida. Se por um lado o país se consolida como a maior liga sul-americana, atraindo mais craques de diversos países, a decisão pode impactar o desenvolvimento das categorias de base, com cada vez menos espaço para jovens brasileiros.
Segundo divulgação do Globo Esporte, a maioria dos clubes da Série A se mostraram a favor da mudança. Além dos citados anteriormente, América-MG, Goiás, Internacional e Fortaleza também querem aumentar o limite de estrangeiros relacionados por partida. Ou seja, até agora, metade da elite do futebol brasileiro apoia.
