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Treinou o Santos e agora processa o clube por assédio moral

Christiane Lessa, ex-treinadora das Sereias da Vila, entrou com uma ação na justiça contra o Santos, a qual ela cobra o valor de R$ 130 mil reais. A técnica teve passagem pelo clube em 2021, mas acabou pedindo demissão alguns meses após polêmica com o preparador de goleiros, Waltinho.

Ela afirma que foi vítima de agressão verbal da parte do outro profissional do Peixe, e que ele precisou ser segurado por outros presentes para,  de fato, não agredi-la fisicamente. Ela ainda conta que pediu ajuda a Amauri Nascimento, então coordenador de futebol da equipe.

Após contato com a página Diário do Peixe, Higor Maffei Bellini, advogado de Christiane, relatou os motivos do processo que foi protocolado na 4ª Vara do Trabalho de Santos. De acordo com o profissional, o processo se deu pela falta de apoio que a treinadora obteve, que mais tarde entregou seu cargo devido a situação incômoda.

“O processo foi movido visando a reparação dos danos morais sofridos, pela técnica em razão do fatos de haver dentro da equipe, por parte de algumas pessoas do apoio ao trabalho da treinadora, que não conseguiu trazer o seu estilo e esquemas de jogo, para a equipe santista. Já que não havia o necessário e expresso apoio da diretoria, para o trabalho desenvolvido”, iniciou.

O mesmo afirma que a treinadora sofreu assédio moral, e que suas comandadas não estavam mais seguindo as suas instruções dentro de campo.

“Em razão da falta deste apoio da diretoria é que a treinadora vinha tendo o seu trabalho desrespeitado e por consequência sofrendo formas de assédio moral que infelizmente é muito comum no futebol, quando os atletas deixam de executar o que foi treinado, ou quando membro da comissão dão ordens diferentes para as atletas”, disse o advogado.

Retorno aos Estados Unidos e mal estar no Santos

Segundo informações obtidas pela página citada, Christiane retornou aos Estados Unidos a trabalho, mesmo com ofertas para continuar no Brasil. Ela se sentiu abalada psicologicamente, e não pretende retornar ao país tão cedo para trabalhar. O julgamento do caso deve ocorrer entre junho e agosto deste ano.

“Este processo de desgaste dos técnicos infelizmente é comum no futebol é uma forma sim de danos morais, como acontece em qualquer outra profissão, e como em qualquer outra profissão a empresa/clube deve agir para evitar isso. E não ficar parado, sabendo que a treinadora uma hora entregará o cargo por não ter mais como gerir a equipe”, afirmou Higor.

O advogado não poupou críticas ao Santos, que pela falta de ações cabíveis, acabou contribuindo para o mal estar da treinadora na Baixada Santista. Ele frisa que o ambiente de trabalho não estava bom, e que ela foi “obrigada” a pedir demissão

“Como o Santos não agiu para manter o ambiente de trabalho equilibrado para que o trabalho pudesse ser desenvolvido pela Reclamante, este permitiu que o ambiente de trabalho fosse desfavorável à treinadora, razão pela qual é pedido a reparação do dano moral, vinda da omissão do clube. Ninguém deve ser obrigado a trabalhar em uma ambiente que não lhe é favorável e o principal ninguém deve ser obrigado a pedir demissão por uma ambiente de trabalho que acaba lhe prejudicando a saúde e impedindo o trabalho de ser executado”, completa Higor Maffei Bellini.

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