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A história de Pepe, o maior artilheiro deste planeta do Santos

Pepe, um dos maiores ídolos da história do Santos, sempre dizia que era o maior artilheiro da história do clube, pois Pelé não era do planeta Terra. Ele nasceu em Santos e foi criado em São Vicente, chegando ao Alvinegro aos 16 anos de idade com o sonho de fazer uma boa carreira. Entretanto, fez muito mais do que isso, e o eterno Canhão da Vila se tornou uma lenda.

Atuando na ponta-esquerda, Pepe marcou incríveis 405 gols em 741 partidas pelo Santos, sendo superado apenas por Pelé no quesito. Em entrevista ao Diário do Peixe, ele contou a história de seu começo no clube.

“O Santos tinha um jogador chamado Del Vecchio que era muito meu amigo, o apelido dele era Mimi, e um goleiro chamado Cobrinha, que jogava comigo na várzea de São Vicente. O Cobrinha veio fazer um teste no clube, agradou e me chamou. Fiz o teste aqui na Vila, e marquei um gol. O treinador era o Salu, que também era massagista e trabalhava em uma casa funerária”, lembra.

Ao ser aprovado na peneira, chegou à equipe profissional no final de 1954. Um ano depois, marcou contra o Taubaté, no segundo título paulista da equipe, depois de 20 anos. Pepe relembra como Pelé foi virar seu companheiro de equipe.

“Eu estava na barbearia em frente à Vila, que na época era do Espanhol e depois foi adquirida pelo Didi, que está lá até hoje. Então se aproximou de mim um cidadão chamado Waldemar de Brito. Ele me disse assim: ‘Estou trazendo um garoto para o time que eu acho que vocês vão gostar. O apelido dele é Pelé’”, relembra Pepe.

 “O Pelé estava tomando um refrigerante em um bar ao lado da barbearia, e o Waldemar de Brito me apresentou a ele. Fui o primeiro da equipe a conhecê-lo. Ele me cumprimentou com tanta força que quase quebrou minha mão. Aí pensei: ‘Esse rapazinho veio com vontade’ (risos). Ele foi colocado em um quadro misto, depois nos profissionais. E começou a fazer gol atrás de gol”, disse.

Atuações de gala e carreira como treinador

Com Pelé e Pepe, e mais Dorval, Mengálvio, Coutinho, Zito e outras lendas,o Peixe foi a melhor equipe do mundo nos anos 60, batendo todos os adversários possíveis, até mesmo o lendário Benfica, de Eusébio, considerado freguês pelo ex-jogador. “A gente jogava muito contra eles e ganhava em 90% das vezes”. 

Um ano depois, venceu o Milan O segundo dos três jogos contra a equipe italiana foi o maior momento de Pepe no Santos, segundo ele mesmo. “Nós estávamos perdendo por 2 a 0 e viramos no segundo tempo para 4 a 2 com dois gols meus.”

Pepe decidiu encerrar sua carreira em 1969, sem ter atuado por nenhum outro time. Depois, atuou como treinador que durou quarenta anos, com quatro passagens pelo time de coração, vencendo o título paulista de 1973. “Sempre que a coisa apertava no clube, o pessoal me chamava”, lembrou.

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