Em seus anos de maior glória, o Peixe conseguiu arrecadar o mundo e mais de uma vez, sendo uma das maiores potencias que o futebol já viu. A década de 1960, por exemplo fez com que o time paulista fosse tudo que é hoje, com grandes conquistas que serão lembradas para sempre pelos seus torcedores, que ainda valorizam cada façanha da época.

No entanto, sempre é importante lembrar que jogadores lendários atuavam dentro desse time de peso. Assim, quando lembrados daquilo que o Santos já fez nos gramados, também precisamos ressaltar quem proporcionou esses momentos. Pensando nisso, vamos relembrar, as glórias de um jogador que foi um dos maiores da história da equipe, ficando na história.

História de Dorval até chegar ao Santos

Dorval Rodrigues, mais conhecido como Dorval, fez grande sucesso no Santos, mas, no entanto, ele não foi criado na Vila Belmiro. Quando ainda era jovem, o atleta começou a jogar no Rio Grande do Sul, onde começou sua carreira. Depois de fazer base no Inter, seu time do coração, e no Grêmio, maior rival, o lendário atleta foi para o Força e Luz, onde se profissionalizou.

Porém, na época, não demorou muito até que o talento do jogador chamasse a atenção dos maiores do país. Aos 19 anos, o destaque já tinha entrado na mira de Arnaldo Figueiredo. Então, não demorou até que fosse para o Santos, em 1956. Sua trajetória pelo Peixe, porém, foi cheia de idas e vindas, com passagens, empréstimos, saídas e retornos.

Em uma das suas maiores atuações com a camisa do Alvinegro Praiano, Dorval dizimou ninguém menos que o Barcelona. Ainda no começo da carreira, em 1959, o jogador estava presente na primeira ida do time para a Europa. Assim, o atacante foi responsável por marcar dois, em uma goleada por 5 a 1, em pleno Camp Nou, jogo que entrou para a história do clube.

Ataque dos Sonhos

Com a moral adquirida dentro de campo, Dorval acabou ajudando a formar um dos maiores ataques da história do futebol. Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe completavam aquele que é conhecido como “ataque dos sonhos”, lembrado por todos que tiveram a oportunidade de acompanhar. Esse foi um dos times mais vitoriosos de todo o mundo, sendo o maior que o Santos já viu.

Apesar de suas idas e vindas na Vila Belmiro, Dorval acabou arrecadando grandes números. Isso porque, em 10 anos no time, participou de mais de 600 partidas vestindo alvinegro, marcando 216 gols. Esses números colocam ele entre os maiores artilheiros da história do time, ficando em sexto. Nessas passagens, inclusive, se destacou por sua velocidade e agilidade.

Além do Peixe, o jogador também defendeu outros vários clubes na carreira. A lista é composta por, inclusive, alguns gigantes: Força e Luz, Juventus (São Paulo), Bangu, Atlético Paranaense, Racing (Argentina), Palmeiras, Carabobo (Venezuela) e Saad.

Títulos de Dorval pelo Santos

Em sua trajetória vestindo alvinegro, o craque conseguiu arrecadar vários troféus. Para começar, somente no cenário estadual foram seis taças, cinco delas seguidas, entre 1960 e 1965. Assim, ele já conseguiu mostrar toda a sua estrela “em casa”. Posteriormente, o destaque continuaria, já que ele também arrecadaria mais várias taças em interestaduais, nacionais, continentais e intercontinentais.

Entre as conquistas citadas, as de maior destaque, com certeza, ficam a cargo do pentacampeonato seguido do Campeonato Brasileiro. Na ocasião, Dorval participou do time arrasador do Santos que dizimou vários adversários de peso na época, como Botafogo, que também tinha um esquadrão imortal e de grande peso no cenário nacional.

Além disso, também é importante citar as conquistas internacionais da equipe enquanto o atacante estava defendendo a camisa alvinegra. Foram duas Copas Libertadores da América e duas Copas Intercontinentais conquistadas, colocando o Santos em um patamar dificilmente alcançado por outras equipes no decorrer dos anos. Alguns clubes, inclusive, nunca conseguiram acompanhar.

Confira todas as conquistas de Dorval com a camisa do Santos:

• Campeonato Paulista: 1958, 1960, 1961, 1962, 1964 e 1965
• Torneio Rio-São Paulo: 1959, 1963, 1964 e 1966
• Campeonato Brasileiro: 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965
• Copa Libertadores da América: 1962 e 1963
• Copa Intercontinental: 1962 e 1963
• Troféu Teresa Herrera: 1959

Dorval nos deixou em 2021

O grande ídolo da história santista, no entanto, no deixou em 26 de dezembro de 2021. Na ocasião, teve uma insuficiência cardíaca, no litoral paulista, aos 86 anos de idade. Por conta da morte, o Peixe declarou luto de sete dias, com o corpo sendo velado no Salão de Mármore, na Vila Belmiro, e enterrado no Cemitério Paquetá.

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Mas, no que diz respeito a uma competição específica, o Alvinegro Praiano não tem tanto destaque assim como nas outras. Como é o caso do torneio eliminatório nacional. Isso porque ele foi criado no final dos anos de 1980, quando a era de ouro do Peixe, lá dos anos 60 e 70, já tinha se encerrado. Assim, uma disputa maior aparecia, com outros clubes tentando a taça e tendo poderio para levantá-la.

No entanto, não é porque o Santos não conseguiu empilhar taça atrás de taça, como foram em outros casos, que o time não apresenta uma vasta história dentro da competição. Sendo assim, nesta matéria vamos relembrar as duas melhores campanhas do time paulista dentro da Copa do Brasil. Uma delas terminando com a taça e a segunda com um vice dolorido para um rival.

2010 – título do Santos na Copa do Brasil

A primeira vez que o Santos conseguiu chegar em uma final de Copa do Brasil aconteceu em 2010. Na época, uma geração de verdadeiro destaque estava saindo das categorias de base e formando um clube que marcou época. Comandado por Neymar, Paulo Henrique Ganso e companhia, o time da Vila Belmiro fez história ao levantar a taça da importante competição, que era inédita para a Instituição.

Naquele ano, foram 64 participantes com um objetivo em comum, o título. Depois de ficar com o vice no Campeonato Estadual do ano anterior, o Alvinegro Praiano conseguiu emplacar uma campanha épica, sendo destaque desde o começo. Logo na primeira fase, inclusive, o time aplicou a maior goleada daquela edição, ao vencer o Naviraiense, do Mato Grosso do Sul, dentro da Vila Belmiro, por 10 a 0.

Já na segunda fase, mais um destaque. Isso porque o time paulista não precisou nem mesmo de duas partidas para se classificar. Conforme a regra daquela época, quando se vencia por 2 ou mais gols de diferença, na ida, fora de casa, não era necessário um duelo de volta. E foi isso que o Peixe fez com o Remo, aplicando 4 a 0 fora. Depois, o derrotado foi o Guarani, com mais uma goleada e um agregado de 10 a 4.

Nas quartas, o Atlético Mineiro foi derrubado e, nas semis, o adversário foi o Grêmio, com o Santos revertendo situações negativas, dentro de casa, nas duas ocasiões. Assim, o time alvinegro avançou para a sua primeira decisão na Copa do Brasil, onde enfrentaria o Vitória. Já no primeiro jogo, no litoral paulista, os donos da casa levaram a melhor. Neymar e Marquinhos marcaram para o 2 a 0.

Sendo assim na volta, nem mesmo a derrota por 2 a 1, marcando com Edu Dracena, foi o suficiente para perder a taça. O grande destaque daquela competição, com certeza, foi Neymar, que conseguiu marcar impressionantes 11 gols, incluindo um na final. Além disso, aquela campanha levou para a Copa Libertadores da América de 2011, que terminou com o tri santista.

2015 – Vice para o Palmeiras

Em 2015, o Santos chegou depois de mais um vice no estadual no ano anterior. Para começar, derrubou, em ordem, o Londrina, do Paraná, depois o Maringá, do mesmo estado, e o Sport, nas fases iniciais, indo para o sorteio para o restante da disputa eliminatória.

Nas oitavas de final, uma importante rivalidade se reavivou. No Clássico Alvinegro, se destacou o Praiano, que passou no agregado de 4 a 1, derrubando o Corinthians. Assim, mais um sorteio aconteceu, levando para o chaveamento até a final, onde o Santos pegou e eliminou o Figueirense, de Santa Catarina.

Depois disso, só clássicos estaduais. Nas semifinais, com um agregado de 6 a 2, o derrubado foi o São Paulo, levando para a grande decisão, contra o Palmeiras. No entanto, dessa vez, a situação não foi favorável para o Peixe. Para começar a disputa, dentro da Vila Belmiro, Gabriel foi responsável por dar a vitória ao Santos, que precisava somente de um empate na volta para ficar com a taça.

No entanto, Dudu marcou duas vezes na volta, contra um de Ricardo Oliveira, levando a decisão para as penalidades máximas. Na disputa, Marquinhos Gabriel e Gustavo Henrique desperdiçaram suas cobranças, deixando a taça na mão do Alviverde. Naquela edição, Gabriel foi o maior marcador do torneio, com oito gols. Além disso, destaque também para Ricardo Oliveira, com seis tentos na rede.

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No entanto, nem somente de campanhas de títulos se vive um clube de futebol. Pensando nisso, realizamos um apanhado de algumas campanhas de destaque do Alvinegro Praiano. Nesse artigo, você relembrará todas as vezes em que o Peixe conseguiu chegar na semifinal da competição continental. Ao todo, foram nove vezes em que isso aconteceu. 1962, 1963, 1964, 1965, 2003, 2007, 2011, 2012 e 2020.

Todas as semifinais de Libertadores do Santos

1962 – Título do Santos na Libertadores

Nos primórdios da Copa Libertadores da América, poucos times conseguiam a classificação para atuar na competição. Isso porque somente os campeões nacionais eram chamados. Mas, como na época o Santos era o principal time do futebol brasileiro, conseguiu emplacar várias participações. Além disso, com um dos melhores elencos do mundo todo, o time conseguia emplacar ótimas campanhas.

Para começar, foram quatro temporadas de destaque em seguida. A primeira, em 1962, começou com o Alvinegro eliminando Cerro Porteño, do Paraguai, e Deportivo Municipal, da Bolívia. Assim, o time de Pelé avançou para as semifinais, onde encarou o Universidad Católica, do Chile. Depois de empatar fora de casa, em 1 a 1, os paulistas venceram por 1 a 0, em casa, avançando até a final. Vale lembrar que a equipe foi a campeã daquela edição, vencendo o Peñarol, do Uruguai, na final.

1963 – Título do Santos na Libertadores

Um ano depois, por ser o então campeão, o Santos já estava garantido na Copa Libertadores da América, avançando diretamente para a fase eliminatória. Na ocasião, o adversário foi o Botafogo, que já tinha ficado com o vice nacional no ano anterior.

Depois de um empate em casa, por 1 a 1, o Alvinegro Praiano foi até o Rio de Janeiro para aplicar uma vitória elástica. No total, 4 a 0 para os paulistas em mais uma semifinal na conta, encerrando o sonho da equipe de General Severiano. A decisão foi vencida pelo Peixe em cima do Boca Juniors.

1964

Em 1964, a mesma história. Como era o então campeão, o time paulista conseguiu uma vaga direta para a fase eliminatória, nas semifinais, não precisando da fase de grupos. Na ocasião, no entanto, as partidas não terminaram nada positivas para os torcedores praianos.

Naquela semifinal, o adversário foi o Independiente, da Argentina, que conseguiu vencer os dois jogos. O confronto em Santos foi 3 a 2 e o no país vizinho terminou 2 a 1. Depois, os ‘hermanos’ ainda conseguiram a taça em cima do Nacional, do Uruguai.

1965

Assim, chegamos no relato da quarta semifinal de Copa Libertadores da América seguida para o Peixe. Campeão brasileiro do ano anterior, a equipe paulista precisou percorrer todo o caminho para tentar a taça pela terceira vez. Para começar, eliminou Universidade de Chile e Universitario, do Peru, na fase de grupos.

Dessa maneira, chegou nas semifinais daquela edição do torneio, tendo como adversário o Peñarol, que levou a melhor. Depois de uma vitória do Alvinegro Praiano em casa, por 5 a 4, o time perdeu fora, por 3 a 2, o que forçou um confronto de desempate. Lá, mais uma vitória uruguaia, por 2 a 1, levando o clube para a final, onde perdeu para o Independiente, da Argentina.

2003

Depois de ganhar o Brasileirão de 2002, o Santos chegou com moral na disputa da Copa Libertadores da América de 2003. Lá, conseguiu uma campanha de respeito, mas que não teve o final desejado. Na fase de grupos, ficou em primeiro em uma chave com América de Cali, da Colômbia, El Nacional, da Venezuela, e 12 de Octubre, do Paraguai, com a segunda melhor campanha geral.

Nas eliminatórias, o Peixe derrubou o Nacional, do Uruguai e o Cruz Azul, do México, até chegar em sua quinta semifinal. Na ocasião, o adversário foi o Independiente Medellín, da Colômbia. Depois de vencer o primeiro jogo por 1 a 0, em casa, os paulistas também arrecadaram um triunfo fora, por 3 a 2 avançando até a final. Depois disso, a decisão naquela edição foi perdida para o Boca Juniors, da Argentina.

2007

Em 2007, o Santos foi para a Libertadores com uma vaga para a fase preliminar, onde derrubou o Blooming, da Bolívia. Então, passou em primeiro em um grupo com Defensor Sporting, do Uruguai, Gimnasia y Esgrima, da Argentina, e Deportivo Pasto, da Colômbia, vencendo todos os jogos e tendo a melhor campanha geral daquela edição.

Posteriormente, na parte eliminatória, derrubou Caracas, da Venezuela, e América do México. Na semifinal, levou a pior contra o Grêmio. Depois de perder fora por 2 a 0, a vitória por 3 a 1 não foi suficiente, classificando o Tricolor por gols fora. O campeão daquele ano foi o Boca Juniors, em cima dos gaúchos.

2011 – Título do Santos na Libertadores

Depois disso, o Santos ainda voltou mais vezes para a semifinal da Copa Libertadores da América e uma delas foi no caminho até conquistar a Glória Eterna. Em 2011, Neymar e companhia brilharam, passando primeiro por ao ficar em segundo no grupo com Cerro Porteño, do Paraguai, Colo-Colo, do Chile, e Deportivo Táchira, da Venezuela.

No caminho até a semifinal foram derrubados América, do México, e Once Caldas, da Colômbia. Assim, no passo antes da final, o Alvinegro Praiano encarou novamente o Cerro Porteño, mas levou a melhor. Depois de vencer por 1 a 0 em casa, um empate em 3 a 3 fora garantiu a classificação. Naquele ano, o time paulista foi campeão em cima do Peñarol, do Uruguai.

2012

No ano seguinte, mais uma campanha de destaque foi vista, mas sem o tetra, que era tão esperado. Para começar, o Santos ficou em primeiro em um grupo com Internacional, The Strongest, da Bolívia e Juan Aurich, do Peru. Depois, passou por Bolívar, também da Bolívia, e Vélez Sarsfield, da Argentina.

Na semifinal, porém, perdeu o Clássico Alvinegro. Depois de ser derrotado em casa, o Peixe não conseguiu reverter o placar e fazer valer o favoritismo do atual campeão, empatando fora e sendo eliminado. O Corinthians foi o campeão naquele ano.

2020

Depois do vice nacional de 2019, o Santos chegou com moral na Libertadores de 2020, chegando longe, mas também perdendo um clássico. Primeiro, Delfín, do Equador, Defensa y Justicia, da Argentina, e Olimpia, do Paraguai, ficaram para trás na fase de grupos. Depois LDU Quito, também do Equador, e Grêmio, foram eliminados.

Assim, a equipe do Peixe chegou na semifinal, contra o Boca Juniors. Na Argentina, um empate sem gols e, na volta, em casa, o Alvinegro conseguiu aplicar um memorável 3 a 0, avançando. No entanto, o Palmeiras foi o campeão daquele ano, no Clássico da Saudade. E essas foram as semifinais de Libertadores disputadas pelo Santos.

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Mas nem todas as passagens são proveitosas e em alguns casos, grandes nomes do futebol brasileiro tiveram passagem frustrante pela Vila Belmiro. É o caso de Dicá, ídolo da Ponte Preta. O meia marcou apenas quatro gols em 29 jogos disputados com a camisa do Santos nos anos da década de 1970.

Em 1971, Dicá foi emprestado ao Santos pela Ponte Preta após sua brilhante atuação por onde passava. Times como Botafogo e Fluminense chegaram a tentar a contratação do atleta, mas sem sucesso. O empréstimo ao Peixe teve uma duração de três meses.

Atuando como segundo volante com a camisa alvinegra santista, Dicá acabou não se adaptando ao futebol do Peixe. O ex-jogador chegou a admitir sua má atuação vestindo a camisa do Santos, no livro Mestre Dicá. “Eu não rendi no Santos quarenta por cento do que rendia na Ponte Preta. E fui o grande culpado por isso”, afirmou.

O time do Santos chegou a renovar o contrato de empréstimo por mais três meses, porém o baixo desempenho dentro de campo e os problemas extra-campo, fizeram com que o clube desistisse de contratar o meia em definitivo.

“Dicá teve uma passagem frustrante pelo Santos. Como ele mesmo reconhece, não conseguiu render nem 40% do que apresentava com a camisa da Ponte Preta. Era sua primeira experiência fora de Campinas, longe da família, e o extracampo lhe atrapalhou bastante. Hoje, até soa estranho, mas naquela época a distância de casa pesou. Jovem, morando pela primeira vez sozinho e com um salário muito maior do que estava acostumado, cometeu excessos que prejudicaram seu desempenho. Para piorar, o Santos passava por um processo de renovação do elenco, que já não estava no auge, e isso também dificultou sua adaptação. Mas ele tinha talento para conquistar seu espaço, como demonstrou durante quatro temporadas na Portuguesa e no retorno à Ponte. Por isso, a passagem pelo Santos foi uma grande chance perdida em sua carreira”, afirmou Stephan Campineiro, um dos autores do livro sobre a carreirade Dicá.

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Mas, engana-se quem acha que a história paulista do futebol limita-se à capital, tendo em vista que o time do litoral foi o primeiro a fazer um sucesso gigantesco entre os maiores clubes do estado. Sendo assim, no decorrer dos anos, foram diversas as vezes em que times da cidade de São Paulo tentaram fazer frente ao clube praiano, com alguns duelos se destacando.

Entre as maiores rivalidades que aparecem no estado, uma acaba se destacando pelas cores iguais das camisas dos times envolvidos. Trata-se do Clássico Alvinegro, que envolve o Santos Futebol Clube e o Sport Club Corinthians Paulista. Duas equipes que possuem um grande destaque dentro do futebol nacional no decorrer dos seus anos de história.

Primeiros jogos do Clássico Alvinegro

O clássico em questão acaba se destacando em cima dos outros por um motivo específico. A disputa entre os dois clubes é a mais antiga que envolve os quatro grandes clubes do futebol paulista. Isso porque a primeira partida realizada entre os Alvinegros Praiano e Paulistano aconteceu em 6 de março de 1913, no campo do Parque Antartica.

Na ocasião, o Santos já começou com o pé direito a disputa do clássico, vencendo bem o rival. Ao todo o placar fechou 6 a 3 para a equipe do litoral. A partida daquele dia foi válida pela disputa do Campeonato Paulista e ainda ecoa até os dias de hoje como algo positivo para o Peixe. Além disso, também há outros jogos memoráveis que fizeram parte da rivalidade entre as equipes.

Apesar da primeira vitória no clássico ser do lado do Peixe, a maior goleada vista no duelo foi favorável ao time da capital. Em 11 de julho de 1920, a Vila Belmiro foi palco de um dos maiores vexames da história do Santos. Naquele confronto, o placar final ficou 11 a 0 para o Corinthians, com seis gols contras marcados pela equipe do Leão do Mar. Além disso, os atletas do clube praiano deixaram o campo antes do apito final. A situação se desenrolou por conta de um protesto por uma suposta arbitragem tendenciosa naquele jogo.

Sete anos depois, porém, o Peixe conseguiu devolver um pouco da derrota complicada. Isso porque, no estádio Parque Antarctica, em 4 de Setembro de 1927, o time do litoral aplicou 8 a 3, poucos dias após o aniversário do rival. Essa, então, é a maior goleada que o clássico já viu com a vitória do Leão do Mar.

Santos leva vantagem nas finais contra o Corinthians

No que diz respeito às finais disputadas entre as duas equipes no decorrer das décadas, quem leva uma grande vantagem no Clássico Alvinegro é o Santos. Ao todo foram 18 vezes em que as equipes se enfrentaram com uma delas saindo campeã. Dentre elas, 11 dessas situações terminaram com o time praiano comemorando.

O maior destaque fica para o Campeonato Brasileiro de 2002. Na ocasião, o Timão foi o adversário santista na grande final, mas o Peixe conseguiu confirmar duas vitórias, levando para casa a sua sétima taça nacional. Alberto, Renato, Robinho, Elano e Léo marcaram os cinco gols santistas nos dois jogos, que terminaram com um agregado de 5 a 2 para a equipe campeã.

Já os maiores tabus dentro do Clássico Alvinegro também conseguem um lugar de destaque na história do duelo. O maior tabu de invencibilidade do Leão do Mar em cima do rival em Campeonatos Paulistas durou 23 jogos, entre 29 de dezembro de 1956 e 6 de março de 1968. Sendo assim, foram mais de 11 anos sem que o “Timão” conseguisse uma vitória em cima do rival de mesmas cores no estadual.

Entre 8 de Fevereiro de 1976 até 23 de Outubro de 1983, no entanto, um troco grande veio do lado do Corinthians. Isso porque a equipe da capital ficou sete anos sem perder para o rival alvinegro contando todas as competições.

Maiores destaques do duelo

Do lado do Santos, o maior artilheiro do Clássico Alvinegro não podia ser ninguém mais e ninguém menos que o Rei. Pelé marcou impressionantes 51 gols em 48 partidas contra o time paulistano, mantendo uma marca quase imbatível.

Pelo lado do Corinthians, no entanto, três nomes se destacaram: Cláudio, Neco e Teleco, que marcaram 21 vezes cada. Vale lembrar, do lado praiano, que Pepe e Coutinho também fizeram história, com 15 gols cada no duelo.

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Uma delas, inclusive, acaba tendo um peso importante no decorrer deste século. Isso porque iniciou uma fase gloriosa para a história do Alvinegro Praiano. Trata-se do título da Copa do Brasil que o Leão do Mar conquistou. Apesar de ter sido um só em toda a sua trajetória, a taça em questão ficou marcada por conta do que desencadeou posteriormente.

Copa do Brasil de 2010: O título do Santos

A edição de 2010 da Copa do Brasil foi apenas a 22ª edição da competição, sendo disputada por 64 equipes ao todo, que se classificaram por conta dos estaduais e também pelo ranqueamento da Confederação Brasileira de Futebol, que é a organizadora do torneio. Naquela edição, os clubes que foram para a Copa Libertadores da América, inclusive, não estiveram presentes por conta dos conflitos de datas no calendário brasileiro.

Vale ressaltar que a edição em questão da competição se deu por uma eliminatória simples, com partidas de ida e de volta desde o começo. Já de começo, o time do Santos já mostrava toda a sua força e fome dentro da competição nacional. Isso porque, ainda na primeira fase, jogando dentro da Vila Belmiro, a equipe aplicou a segunda maior goleada da história da competição.

Em confronto contra o Naviraiense, incríveis 10 a 0 ilustraram o placar, botando aquele elenco, mais uma vez, na história. Madson, duas vezes, Paulo Henrique Ganso, Marquinhos, Robinho, Neymar, duas vezes, e André, três vezes, foram os responsáveis pela festa. Vale lembrar que o time paulista já tinha conquistado uma vitória na volta por 1 a 0.

Já na segunda fase, porém, o time adversário não teve nem mesmo a chance de tentar uma classificação em uma segunda partida. Atuando fora de casa, o Santos goleou o Remo, por 4 a 0. Na época, havia uma regra que levava à classificação direta em um triunfo expressivo por mais de dois gols de diferença na ida, se o vencedor estivesse jogando fora.

Fases finais e show de Neymar

Assim o Santos acabou chegando nas oitavas de final da Copa do Brasil de 2010, encarando o Guarani e, mais uma vez, o time adversário mal teve chance. A primeira partida, dentro da Vila Belmiro terminou com vitória do Alvinegro Praiano. Com um show de Neymar, que marcou cinco vezes, o time paulista venceu por 8 a 1. Sendo assim, nem mesmo a vitória do Guarani, por 3 a 2, na volta, conseguiu derrubar o Peixe.

Durante as quartas de final daquela competição, o Santos finalmente acabou encontrando uma das equipes apontadas como as ‘grandes’ do futebol brasileiro. Contra o Atlético Mineiro, o Peixe saiu perdendo na ida, por 3 a 2. No entanto, a volta, com um triunfo do time paulista por 3 a 1, permitiu que a equipe avançasse.

Nas semifinais, mais um adversário de peso para entrar nos livros de história. O Grêmio encarou o Santos e até conseguiu vencer a ida por 4 a 3. No entanto, assim como fez na rodada anterior, o Leão do Mar correu atrás do resultado, venceu a volta e se classificou por conta do saldo de gols, primeiro critério de desempate. 3 a 1 foi o placar do segundo jogo.

A grande final da Copa do Brasil de 2010

Em 28 de julho acontecia a primeira partida da final da Copa do Brasil de 2010. Naquele momento, o Santos chegava como o grande favorito contra um adversário de menor expressão que vinha em destaque no cenário nacional. A primeira partida, dentro da Vila Belmiro, validou esse cenário. Com gols de Neymar e Marquinhos, o time paulista arrecadou a vantagem que fez a diferença no final das contas.

No entanto, engan-se quem acha que o Santos teve vida fácil atuando fora de casa. Dentro do Estádio Barradão, em Salvador, Edu Dracena chegou até mesmo a abrir o placar, no final do primeiro tempo, mas o Vitória reagiu. Depois disso, marcou duas vezes e pressionou o Santos, que segurou e conseguiu garantir a taça no saldo de gols do duelo.

O grande destaque daquela edição, sem dúvidas, foi Neymar, que marcou 11 gols e foi o grande artilheiro da Copa do Brasil de 2010. Além disso, isso abriu caminho e deu confiança para que o time paulista conseguisse ascender e, no ano seguinte, emplacasse mais um título histórico.

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Trata-se do Santos Futebol Clube e da Sociedade Esportiva Palmeiras, que fazem um dos clássicos mais memoráveis e charmosos de todo o futebol brasileiro. Com um histórico de decisões e disputas de títulos no decorrer dos anos, os dois times são pilares do esporte dentro do país. Assim, mostram sua força também um contra o outro.

Como surgiu o apelido do clássico?

Para começar, o próprio apelido do duelo, o “Clássico da Saudade”, já faz referência ao grande destaque que ambas as instituições possuem em um passado de glórias do futebol brasileiro. Na década de 1960, eram o Santos e o Palmeiras os clubes de maior destaque dentro do cenário paulista. Sendo assim, o nome surgiu desse saudosismo em relação à essa época.

Durante a década em questão, o Alvinegro do Litoral era comandado por um Esquadrão que entrou para a história, com Pelé, Coutinho e muitos outros grandes nomes. Enquanto isso, o Palestra Itália era o único que conseguia fazer frente dentro de São Paulo, sendo comandado por Ademir da Guia, o time também tinha Djalma Santos, Julinho Botelho e Servilho, que faziam parte da “Primeira Academia”.

Sendo assim, os clubes formaram uma grande rivalidade que foi aumentando naquele momento. Enquanto o Botafogo se destacava como o grande rival à altura do Santos dentro do cenário nacional, no estado de São Paulo essa disputa ficava à cargo do Palestra.

Vale lembrar que o time alviverde foi o que impediu que o Peixe acumulasse 11 conquistas estaduais seguidas nos anos 1950 e 1960. Assim, o “Clássico da Saudade” faz alusão a esses tempos de grandes glórias para o futebol do estado.

Primeiros embates do Clássico da Saudade

A primeira vez em que Santos e Palmeiras se enfrentaram no campo aconteceu em 3 de outubro de 1915, dentro do Velódromo de São Paulo. Com apenas um ano de vida, o então Palestra precisava vencer um clube de ponta para entrar no Paulistão. No entanto, por um placar elástico de 7 a 0, o time do litoral acabou com o sonho alviverde naquele momento, fazendo com que o time quase fechasse as portas. No entanto, uma eliminação de última hora permitiu que o Verdão entrasse na disputa do estadual e se mantivesse vivo.

Curiosidades sobre o Clássico da Saudade

Uma curiosidade em relação ao duelo em questão é que foi após um Clássico da Saudade disputado em 1986 que os palmeirenses passaram a adotar o apelido de “porco”, que antes era tratado como uma ofensa.

Para expressar a grandeza desse duelo, podemos analisar os nomes que se destacaram nele ao desenrolar dos anos. Os principais artilheiros dentro do Clássico da Saudade são Pelé, pelo lado do Santos, com 32 gols. Já com a camisa do Palmeiras, quem marcou mais vezes foi Heitor, com 13 bolas na rede.

A partida com mais gols em toda a história do clássico foi um dos confrontos mais memoráveis da história do futebol brasileiro. Em 1958, os times se enfrentaram pelo Torneio Rio-São Paulo, em 6 de março, no Pacaembu, o Santos saiu atrás do placar mas conseguiu recuperar. Com um show de Pelé e companhia, o Peixe foi para o vestiário no intervalo com uma vantagem de 5 a 2.

No entanto, na volta, o Palmeiras de Oswaldo Brandão reagiu e chegou a virar a partida, 6 a 5. No entanto, o milagre não durou muito, já que Pepe marcou mais dois, fazendo com que o Alvinegro alcançasse a vitória por 7 a 6. O resultado fez com que o cineasta Aníbal Massaíni apontasse o confronto como o ‘mais emocionante da história’.

Finais com o Clássico da Saudade

Fora do cenário estadual, a disputa de finais entre as duas equipes faz com que o Palmeiras tenha certa vantagem. Na Copa do Brasil de 2015, o time paulistano alcançou o título nos pênaltis contra o rival. Além disso, o Clássico da Saudade também decidiu a Copa Libertadores da América de 2020, que terminou com a taça para o time verde.

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Adilson Batista é o treinador da equipe amazonense e treinou o Santos em 2011, participando brevemente da trajetória do time que conquistou a Copa Libertadores daquele ano. O técnico iniciou a montagem do elenco de 2011 mas teve uma curta passagem, ficando à frente de apenas onze jogos, com 60% de aproveitamento.

Na época, Adilson Batista foi substituído por Marcelo Martelotte, que era seu auxiliar. Seu sucessor ficou à frente do clube em apenas três jogos da Copa Libertadores, onde obteve uma derrota e dois empates. Então Muricy Ramalho foi chamado para assumir o Peixe e conquistar a Copa Libertadores de 2011 com a camisa do Santos.

Adilson Batista assumiu o comando técnico do Amazonas em abril deste ano. O treinador substituiu Luizinho Vieira, que foi demitido após não corresponder os objetivos da diretoria do clube. Adilson estava livre no mercado desde junho de 2023, quando foi demitido do Botafogo-SP.

“É um projeto muito legal do clube, ambicioso, que nesses quatro anos tem tido sucesso. Encaramos como um desafio importante na carreira. Fico muito lisonjeado, contente e com vontade de querer ajudar, de dar o meu melhor para participar desse planejamento que vejo com bons olhos”, afirmou Adilson Batista ao chegar no Amazonas.

Adilson Batista tem 56 anos de idade, e ainda soma passagens por outros clubes brasileiros como o Vasco, Cruzeiro, Santos, Corinthians, Ceará, Paysandu e Athletico Paranaense, além do Jubilo Iwata, do Japão. Agora no comando da Onça, o treinador espera fazer história com o clube recém criado, com apenas cinco anos de história.

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Não só por todas as suas taças na parede que o Peixe se destaca. A equipe paulista é o que é também por conta dos seus ídolos que ajudaram a fazer com que o clube chegasse onde chegou, o topo do mundo. Um deles, inclusive, se destaca também por alguns grandes feitos dentro e fora dos gramados, participando ativamente da história alvinegra de duas maneiras.

É o caso de Pepe, grande nome que se destacou com a camisa do Santos por 15 anos. Em toda a sua vida, inclusive, o grande ídolo só vestiu um outro uniforme além do do time praiano e foi o da Seleção Brasileira. Ao todo, o ponta esquerda arrecadou recordes que são conhecidos por muitos torcedores. Mas, além disso, também ajudou na conquista de títulos que aumentaram de vez o patamar da equipe.

Pepe: Herói de uma camisa só

Depois de passar por alguns clubes de São vicente, cidade em que morava, o atacante fez um teste no Santos, sendo aprovado pelo técnico Salu. Desde então até o momento de sua aposentadoria, inclusive, ele só vestiu a camisa alvinegra. Ao todo foram 750 jogos por clubes como profissional, marcando 403 gols ao todo. No final das contas, ele acabou ficando atrás apenas do que fez o Rei Pelé.

Além disso, Pepe também ajudou na conquista de exatos 27 torneios oficiais com a camisa do Santos. É fácil lembrar que ele participou do momento mais vitorioso da história do clube. No entanto, esse número acaba deixando qualquer torcedor de cabelo em pé. Não apenas isso, mas o atacante também ajudou e muito para que esse patamar fosse alcançado.

Confira todos os títulos conquistados por Pepe com a camisa do Santos:

• Copa Intercontinental: 1962 e 1963
• Recopa dos Campeões Intercontinentais: 1968
• Copa Libertadores da América: 1962 e 1963
• Supercopa Sul-Americana dos Campeões Intercontinentais: 1968
• Campeonato Brasileiro: 1961, 1962, 1963, 1964, 1965 e 1968
• Torneio Rio-São Paulo: 1959, 1963, 1964 e 1966
• Campeonato Paulista: 1955, 1956, 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968 e 1969

Vale ressaltar, inclusive, que o jogador em questão também foi peça destaque reconhecida em algumas dessas conquistas, sendo artilheiro do Torneio Rio–São Paulo de 1961 e do Mundial de Clubes (Intercontinental) de 1963.

Pepe também ganhou título como treinador do Santos

Depois de conseguir todo aquele destaque dentro do futebol profissional do Santos, Pepe não se deu por satisfeito. Isso porque, após pendurar as chuteiras em 1969, ele foi direto para as categorias de base para treinar o time paulista. Sendo assim, como grande ídolo, foi técnico do Alvinegro Praiano em diversas oportunidades, arrecadando também um título do Campeonato Paulista, de 1973, na casamata.

Com essa taça vencida como treinador e outra posterior quando comandava o Inter de Limeira, Pepe se tornou o maior vencedor da história do Campeonato Paulista. Ao todo foram 13 títulos do estadual, com outros 11 como jogador.

Vale lembrar, inclusive, que ele também é o maior vencedor da história do Campeonato Brasileiro, com sete conquistas. Seis deles foram adquiridos quando jogava com a camisa do Santos. No entanto, o último deles acabou sendo em um rival. Em 1986, ele treinava o São Paulo quando a equipe se tornou campeã nacional.

Por último, também é importante ressaltar todo o destaque dele com a Seleção Brasileira. Não apenas participando, mas sendo peça fundamental também nos títulos da Copa do Mundo, conquistados em 1958 e 1962.

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Foram diversas as taças conquistadas no decorrer dos anos, com diversos períodos diferentes de destaque no cenário nacional e continental. Dentro da América do Sul, inclusive, há uma situação que enche os torcedores de orgulho. Trata-se do fato de que o Peixe é uma das equipes brasileiras que conseguiu alcançar o tricampeonato do torneio mais importante de todo o continente.

Ao todo foram três troféus, em duas décadas diferentes, que fizeram o Peixe chegar nesse patamar. As duas primeiras são de ‘responsabilidade’ de um Esquadrão Imortal lendário que incendiou os campos ao redor do mundo nos anos 1960. Além disso, o terceiro deles veio de uma estrela que surgiu neste século, iluminando o caminho em busca da Glória Eterna.

Santos e seu primeiro título da Libertadores em 1962

O ano de 1962 ficou marcado de vez como um dos mais mágicos da história do Santos. Isso porque, naquela época, o time paulista era uma verdadeira máquina, iniciando seu reinado através do mundo do futebol. Naquele ano, o Alvinegro Praiano conseguiu alcançar a Glória Eterna pela primeira vez, na então chamada Copa dos Campeões da América pela CONMEBOL.

Já na terceira edição do torneio, o Peixe conseguiu uma campanha de ouro, chegando ao título com méritos gigantes. Cada país tinha direito à uma vaga, sendo assim, 10 times participaram, com o Peñarol, então campeão, entrando diretamente na segunda fase. O time de Pelé e companhia fez parte do Grupo 1, ficando em primeiro ao eliminar Cerro Porteño e Deportivo Municipal.

Depois, partindo diretamente para as semifinais, o Santos passou pelo Universidad Católica, do Chile. Na final, o então campeão teve que enfrentar o poderoso Santos e fez jus ao título. Isso porque conseguiu vencer uma das partidas.

Mas, quando o Peixe venceu a outra, levou para a disputa de um terceiro confronto, quando Pelé marcou duas vezes, no campo neutro de Buenos Aires, ficando com a taça. Naquela edição, porém, o destaque ficou para Coutinho, que foi um dos artilheiros da competição, com seis tentos marcados.

Copa Libertadores da América de 1963: O bicampeonato

No ano seguinte, sem que a torcida pudesse esperar, veio logo o bicampeonato para a equipe paulista. O Santos conseguiu a vaga para a Copa Libertadores da América por dois motivos, atual campeão do torneio e atual vencedor do Campeonato Brasileiro. Entrando diretamente na semifinal, o Peixe pegou o Botafogo, vice do ano anterior, vencendo uma, por 4 a 0, e empatando a outra.

Já a grande final foi realizada contra o Boca Juniors, que não teve chance mesmo com a atuação histórica de Sanfilippo. O atacante argentino marcou os três gols do seu time nas duas partidas. No entanto, Coutinho, também três vezes, Lima e Pelé fizeram com que o santos vencesse os dois confrontos. 3 a 2, no Maracanã e 2 a 1 em La Bombonera.

Sanfilippo ainda conseguiu se tornar o grande artilheiro daquela edição, tendo marcado sete gols ao todo, mas, ainda assim, não conseguiu ficar com a taça. O time base do Santos na grande final era composto por: Gilmar; Mauro, Calvet e Dalmo; Zito e Geraldino; Dorval, Lima, Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico: Lula.

Libertadores de 2011: A volta ao topo

Depois de quase 50 anos afastado da Glória Eterna, uma geração mágica de jogadores criados pela Vila acabou proporcionando o retorno do time para o topo do continente. Naquela ocasião, em 2011, Neymar e companhia fizeram um torneio impecável, já nos moldes modernos de disputa, arrecadando então o título mais importante da América do Sul.

Ficando em segundo lugar no seu grupo, o Santos acabou pegando um caminho difícil em busca da taça. América do México, Once Caldas, da Colômbia, e Cerro Porteño, do Paraguai fora os adversários das oitavas até a semifinal. Já na grande final, um time uruguaio, o tradicional Club Atlético Peñarol, que também estava tentando voltar ao topo depois de anos sem títulos da Libertadores.

Depois de um empate e uma vitória alvinegra, o Peixe conseguiu alcançar o título da Copa Libertadores da América de 2011, marcando toda uma nova geração de jovens torcedores. Neymar, um dos grandes responsáveis por aquela taça, inclusive, foi vice-artilheiro da competição, com seis gols, sendo considerado também o Rei da América daquele ano.

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